segunda-feira, 29 de junho de 2009

INTERTEXTUALIDADE, o diálogo entre textos. Leia: O apaixonado pela Lapa e a ditadura

Sempre gostei muito da Lapa. Da Lapa toda. Da Lapa de cima, da Lapa de baixo. Nela tenho mais paixão por exercer meu direito de ir e vir. Um direito fundamental, do homem e da mulher, assegurado pela constituição aliás. Mas essa parte da Carta Magna era bem restrita, apertada e pouco abundante lá na época da ditadura, que foi extensa, com ápice pontiagudo que só amoleceu no final.
Mesmo assim, naquele tempo duro, difícil de enfrentar, não me deixei reprimir esse meu belo prazer de passear por ela e saboreá-la. Pois, mesmo ouvindo dizer: “nos dias de hoje, não pare nos bares,” não fale com as amigas” e “cálice ”, eu dizia comigo, no entanto: “ sem um carinho ninguém segura esse rojão”. E assim, eu ia, na minha juventude nervosa, devagarinho e tremendo, comer lá no alto da Vila Hamburguesa.
Ainda hoje, com toda a passagem dos anos, aprecio muito a Lapa inteira e ainda a acho boa e bela. Agora, para guardar meu carro com conforto, bom gosto e segurança, só mesmo numa garagenzinha que tem lá na Lapa de baixo, no caminho que dá para a marginal.

O que é INTERTEXTUALIDADE? Veja no comentário de Elói, abaixo.

E leia mais em www.realcomarte.blogspot.com

Um comentário:

  1. A intertextualidade é a referência clara, explícita de um texto em outro. Isso pode se dar em níveis diferentes e variados e exigir do leitor, por vezes, outros conhecimentos. No texto postado em Diversão com a Língua, além da referência à história política do Brasil, há referências claras, expressas a músicas que criticavam aquele regime autoritário, como "cálice", de Chico Buarque.

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